Você comete esses ERROS BÁSICOS no seu carro?
- Karla Danielle (Maria Gasolina)
- 17 de mar. de 2020
- 5 min de leitura
Atualizado: 9 de dez. de 2020
Olá meus amigos!
Tive sérios imprevistos na semana passada e no início dessa semana. Estava com dificuldades em separar os perfis e contas online do projeto Maria Gasolina das minhas contas pessoais e fazer backup dos arquivos. Caso vocês não saibam, em relação ao Maria Gasolina eu sou um exército de uma mulher só, faço tudo sozinha. Então peço desculpas pela demora em atualizar o blog e por não ter postado no Instagram conforme tinha prometido. Na segunda-feira volta tudo ao normal, prometo.
Lágrimas derramadas, vamos ao que interessa. Você comete esses erros básicos no seu carro? Separei três erros clássicos (alguns até cometidos em "oficinas" por aí) que podem te trazer prejuízos mais cedo. Então comenta aqui em baixo qual deles você já cometeu que eu quero saber.
1. Graxa no pólo da bateria
É um dos maiores geradores de discórdia da mecânica. Às vezes observamos na bateria um acúmulo, nos eletrodos, de uma substância branco-azulada ou branco-esverdeada, a qual chamamos carinhosamente de "zinabre". Coloco entre aspas porque o azinhavre, ou zinabre, como os mecânicos chamam, é o nome dado ao Diidróxicarbonato de Cobre-II, que resulta da oxidação do cobre presente nos terminais de bateria. Essa oxidação ocorre devido à corrosão favorecida pelo acúmulo de Sulfato de Chumbo-II nos pólos da bateria. O Sulfato de Chumbo-II é resultado comum da reação de descarga da bateria, e quando a bateria é recarregada, ele volta a ser chumbo sólido e as reações recomeçam. Acontece que, com o passar do tempo e depois de tantos ciclos de carga/descarga da bateria, podem acontecer microvazamentos nos eletrodos e depósito de Sulfato de Chumbo-II nos pólos da bateria, na forma de um pó branco. O Sulfato de Chumbo-II associado ao oxigênio presente no ar favorece a corrosão dos terminais, que resulta em zinabre (geralmente verde ou azul) e o pó branco ganha então uma coloração azulada ou esverdeada e fica essa beleza que está na foto aí.

O mecânico, na boa vontade em eliminar o "zinabre", limpa os pólos e terminais elétricos da bateria e coloca um pouco de graxa dielétrica na intenção de coibir a reação formadora do "zinabre". Acontece que a graxa, que já é dielétrica, ou seja, isolante, associada à poeira e outros elementos de impureza forma uma liga não condutora que pode fazer o sistema elétrico perder a comunicação com a bateria ou ainda apresentar quedas de tensão em diversos componentes. As consequências mais comuns do uso da graxa em eletrodo de bateria a longo prazo são: dificuldades na partida, baixa tensão no módulo de injeção, códigos de erro fantasmas, descarga da bateria devido à falta de comunicação com o alternador e sofrimento geral do sistema elétrico. Posteriormente vamos falar somente da manutenção da bateria do seu carro. Por hora, fica a ressalva para que NUNCA use graxa nos pólos de bateria, a menos que seja a graxa condutora acobreada, certo? Vamos ao próximo erro.
2. Andar na reserva de combustível
Essa é o auge do “barato sai caro”. Bota só 20 contos, roda até a luz do combustível acender, mais 20 contos... Até ter que trocar, de repente, a bomba de combustível. Isso acontece porque as bombas elétricas de combustível ficam dentro do tanque. Durante o seu funcionamento, elas aquecem, e são refrigeradas pelo próprio combustível. Além disso, o combustível geralmente contém impurezas que são retidas no filtro que fica na base da bomba, e que se depositam no fundo do tanque, pois são mais densas que o combustível. Quando você anda o tempo todo com na reserva de combustível, a bomba está exposta a aquecimento e sucção de impurezas do fundo do tanque (devido à alta concentração) e dano permanente no induzido da bomba. E aí que os 20 contos viram de 300 a 700 reais na compra de uma bomba nova.

Além disso, você ainda corre o risco de dar prego de combustível (a famosa "pane seca"), o que pode ser perigoso, sobretudo à noite, e ainda custar alguns reais e uns pontinhos na carteira. A pena para a pessoa que "tem o veículo imobilizado na via por falta de combustível", como consta na legislação, é multa por infração de natureza média, no valor de R$ 130,16, além de quatro pontos no prontuário da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Como se não bastasse, a lei prevê a remoção do veículo até que ele seja regularizado – nesse caso, abastecido.
Não é um problema abastecer em pequenas quantidades. Porém, para evitar dores de cabeça, a partir de agora adote ¼ de tanque como tanque vazio. Essa quantidade de combustível é suficiente para o sistema de injeção funcionar sem surpresas desagradáveis. Manter o tanque com ¼ da sua capacidade permite que a bomba seja refrigerada, mesmo durante a subida em ladeiras. Agora vamos ao próximo erro.
3. Deixar a gasolina do reservatório de partida a frio ficar "choca".
Presente na maioria dos carros flex da frota circulante no Brasil, o reservatório de partida a frio é um mini tanque de gasolina que fica no compartimento do motor e serve pra auxiliar a partida quando você está usando álcool como combustível em climas frios. Isso é necessário para que o motor atinja a temperatura ideal de partida, visto que a gasolina tem maior poder calorífico que o álcool e é injetada no motor durante as primeiras rotações a partir do sistema de partida a frio.

Alguns veículos flex fabricados recentemente que tem o sistema FlexStart não possuem o reservatório, pois possuem velas aquecedoras na linha do combustível que dispensam o recurso de injetar gasolina até que a temperatura de trabalho do motor seja atingida, pois o álcool já chega aquecido na câmara de combustão do motor.

Acontece que, se não tiver gasolina no seu reservatório de partida a frio, seu carro pode não ligar em dias que a temperatura esteja baixa ou em horários em que o clima esteja frio (às 5h da manhã, por exemplo). Outro caso é o de quem só usa gasolina no carro flex que tem esse sistema e ele fica lá, ignorado, e a gasolina do reservatório envelhece pela falta de consumo. Para evitar inconvenientes (por exemplo, a gasolina envelhecida pode travar o bico injetor do sistema de partida a frio e gerar códigos de erro que acendem luzes no painel), é recomendável abastecer o reservatório preferencialmente com gasolina de alta octanagem ou utilize gasolina aditivada, que mantém as suas propriedades por mais tempo do que a gasolina tipo C comum.
Se você não costuma consumir o combustível do reservatório de partida a frio, o recomendável é que o combustível desse mini tanque seja trocado a cada três meses. Se você costuma trocar de combustível, abasteça o reservatório quando a luz indicadora do painel acusar nível insuficiente de gasolina.
Então, conta pra mim, qual dessas já aconteceu no seu carro? Conhece alguém que já passou por isso? Compartilha com ele esse artigo. Até a próxima. Um beijo!
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Oi meu Nome é jhonnathan
Atualmente trabalho só com bomba de combustível Refil elétrico etc sensor de nível,e gostaria de aprender mais sobre Bombas